segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu sou o fim do mundo.



Eu não sou nem a metade de mim mesmo quando ando ao sol. Ao som de mim mesmo. Tenho espasmos quando lembro aquelas cores todas. Cintilândia podre. Tantos predios cinzas. Tanto cimento na mente e ela querendo apenas curtir um pouco. E a mente colorida. Mas o peso não deixava. O peso de um mundo cão. Cimento na mente. Semente de ódio. Alimente ódio. Aliados alados na loucura de um dia bom. A loucura santa. Cores na mente. Quente como uma onda mágica de soluções. Delírios da metrópole suicida. Rascunhos na parede morta do deserto escondido entre nós. Sucumbindo desejos tortos. Amores mortos. Tragédia. Secreto como aquele dia em que agente se perdeu. Perdidos na babilonia do inconsciente sujo. Sujo e lindo. Sujo e puro. Sujo e quente. Sujeira e suor. Cheiro de sexo on the air... Alimente ódio. Ele se fortalecerá. Ódio. Despeje seu ódio sobre mim. E assista meu corpo sangrando no chão. Sangue pela paz. Quanto mais sangue melhor. Mate. Mesmo que seja com palavras ou desprezo. Não importa as armas. Vão a luta. O luto espera por nós.

A oitava dimensão de um mundo perdido. Assim me encontro na praia. O sol dizia não ter medo da noite, mas sempre chorava ao luar..."O lado brilhante da lua" A luz invisível. O grito do louco perdedor indo a caminho do fim. No fim que se encontram as saídas. Escolha a sua. A minha é surtar. A porta fechada da percepção. Espero que você jamais me escute, espero que jamais sejamos assim tão simples quanto esperam de nós. Nem sempre há certeza. É isso que espero. Contradições. Radicalizações. Esperar algo de alguem é se esconder no abismo da dor.


Odeio barulho de telefone. Somos todos feitos de mentiras. Hipocrisia, eu quero uma pra viver. Sentir o que jamais sentiria se não fosse embora. Ficar aqui descansando é o meu esporte favorito. Antes que as nuvens cheguem. As nuvens da poeira etérea dos pensamentos torpes. Etérea como a saudade morta. Morta a sangue frio na esquina da maldade com crueldade avenue. Décima quinta vítima do amor. Quinta feira doida. Loucura em seus olhos mágicos. Eu andava meio morto com a febre pagã de um suor fresco com cheiro de peixe. Nado para viver. Corro. Morro pelo ódio são de três sinos tortos da igreja da maldade. Ironia do intestino. Carbono 14 diluindo sonhos...execrando...genocidio. Eu sou o fim do mundo. Nós somos. Eu sou o fim do começo do fim. Amante das coisas sem pé nem cabeça. Sem terno. Sem nada. Eu sou o fim do mundo.

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