Nas fronteiras da mente. Instalado nas geleiras do incompreensível eu, simplesmente eu, rastejando pelas ruas do passado. Recife antigo, antigos sonhos esquecidos. Nem tão esquecidos assim. Mas esquecidos. Amigos ocultos. Amigos perdidos. Pobres amigos. A carnificina vai começar, como quem começa o jogo sombrio da verdade. Roleta russa. Veja como ela dança bem melhor nua. Nua. Sem as loucuras da sociedade moderna. Sem jóias, batom, látex, laycras, cintos definidores de cintura. Veja como ela balança nua. Vestida apenas de bom senso e ética selvagem. Cavalga indomável em sonhos tortos. Tortos como a vida. Torto como um pênis.
Como de costume mendigando teus apelos. Doces apelos em noites sombrias. Alegres noites sombiras. Ninguém vai chegar baby. Ninguém vai chegar. Abre a tampa! torpor, entorpecidamente abre a tampa, mais um gole, mais um gole, confusão, milhares de sonhos, entorpecidamente torpes. Ainda ando. Indo para o infinito dos nosso olhos, impuros olhos de cristais quebrados. A tinta, a esmeralda, tudo como de costume. Desconstruido. Desenfreada sensação de solidão. A tinta, a esmeralda. Rastream oportunidades esse olhos de esmeralda. Cegam -me. O brilho da faca ainda um pouco ofuscado pelas gotas de sangue. Pingos do fim na ponta da faca. Puta que pariu!! Navalha. Vagina. Leve e linda como uma vagina. Sonhos torpes. Vamos lá. todos nu. Na lama das lembranças. Recife antigo. Ruas do passado. Todos nus, vestidos apenas de vergonha, medo, inveja e insensatez. Nos entorpecidos sonhos esquecidos da metrópole.